Principais causas da Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial pode ser classificada em dois tipos quanto à sua origem:


Hipertensão arterial primária ou Idiopática

Como o próprio nome indica esta não tem uma causa específica e conhecida mas é certo que determinados comportamentos de risco conjugados aumentam a probabilidade do aparecimento da doença. O excesso de peso, o consumo elevado de álcool, o uso de tabaco assim como uma dieta desequilibrada e rica em sal são fatores que aumentam a probabilidade do aparecimento da doença. Se associados a um perfil genético com predisposição para HTA estes atuam como potenciadores desse mesmo perfil.


Hipertensão arterial secundária

Este tipo de HTA tem uma causa identificável. A mais comum dessas causas é a apneia de sono, sendo seguida pela roncopatia (frequentemente designada de ressonar). A apneia do sono é uma condição clínica muito comum e por vezes desvalorizada. Caracterizase por episódios recorrentes de paragem do fluxo aéreo decorrente do colapso inspiratório das vias aéreas durante o sono, seguida de queda da saturação arterial de oxigénio- o indivíduo deixa de respirar momentaneamente durante o sono, devido à obstrução das vias aéreas. A relação entre a apneia do sono e a HTA deve-se, em grande parte, ao fato de a apneia ativar permanentemente o sistema nervoso simpático, o que faz aumentar a pressão arterial.

A estenose da artéria renal é outra das causas da HTA secundária. Esta caracteriza-se pela diminuição do diâmetro da artéria renal, o que vai oferecer mais resistência à passagem do sangue fazendo subir desta forma a pressão arterial.

O feocromocitoma é um tumor produtor de catecolaminas (como a adrenalina e noradrenalina) com origem num tipo de células da glândula suprarrenal (as células cromafins), sendo responsável por cerca de 0,2% dos casos de hipertensão secundária. Esta hipertensão deve-se ao facto das catecolaminas terem efeito positivo sobre a pressão arterial.

Nestes casos a HTA surge como consequência das doenças, no entanto ela pode também ser resultado do uso de determinados medicamentos como anti-inflamatórios não esteróides ou antidepressivos.

As causas de hipertensão secundária embora raras, assumem grande importância por serem potencialmente curáveis se detetadas precocemente.

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