Mitos urbanos: Verdadeiro ou Falso?

|O sal é o mesmo que sódio. FALSO |

O sal é constituído por sódio e cloro (nome químico- cloreto de sódio). Mas existem outras formas de sódio nos alimentos, como o bicarbonato de sódio, por exemplo. No entanto, o sal representa cerca de 90% do sódio que consumimos (o qual é um grande responsável pela hipertensão).

A maior parte do sal que consumimos vem das comidas pré-fabricadas. VERDADEIRO

Cerca de 77% do sal que consumimos vem de comidas já prontas ou feitas no restaurante. O ideal será optar por mais refeições caseiras e alimentos frescos.

| O sal só faz mal. FALSO |

O sal é necessário para o bom funcionamento do organismo, mas numa quantidade bastante inferior à ingerida por grande parte da população portuguesa. O alimento – cloreto de sódio – é constituído por 40% de sódio e 60% de cloreto. O componente de sódio é vital para controlar a quantidade de água que circula no organismo, ajudando a transmitir sinais nervosos e contracções musculares. O cloreto auxilia no processo de digestão e no transporte de dióxido de carbono para os pulmões para a eliminação através da respiração.

O sal só faz mal às pessoas sedentárias. FALSO |

É verdade que uma vida ativa com actividade física regular é capaz de combater os efeitos nefastos da ingestão exagerada de sal, na medida em que o exercício físico faz diminuir a pressão arterial. No entanto, não é verdade que quem pratica desporto não sofre com o excesso de sal- Apenas sente efeitos menos nefastos que as pessoas sedentárias.

O sal vicia. VERDADEIRO |

Para ajustar os nossos paladares a dietas baixas em sal (quando habituados a dietas com grande quantidade de sal) demoramos em média de 8 a 12 semanas.

O sal marinho é um bom substituto para o sal de mesa. FALSO |

O sal marinho e o sal de mesa possuem exatamente o mesmo teor de cloreto de sódio, apresentando, no final, os mesmos efeitos no organismo ainda que provenientes de fontes diferentes.

Quando nos alimentos é anunciado 'sem sódio', esse alimento não contém sódio. FALSO |

As regras de rotulagem de alimentos permitem até 5 mg por porção num produto rotulado como "isento de sódio". Produtos rotulados como "muito baixo teor de sódio" são autorizados a ter até 35 mg por porção; "baixo teor de sódio" significa que possui 140 mg ou menos; "sódio reduzido" significa que o nível de sódio do costume foi reduzido em pelo menos 25%; e "sem sal e “sem adição de sal" significa que o alimento não contém sal adicional além do valor que ocorre naturalmente nos alimentos.

 │A hipertensão arterial  é uma doença curável. FALSO

A hipertensão arterial é uma doença que  pode ter cura, no entanto, este fato ocorre numa minoria dos casos. Em menos de 10% dos hipertensos encontramos uma causa curável para a doença. Na maioria das pessoas, a hipertensão arterial é um fator de risco causado por diversos outros factores. Estes fatores atuam de uma forma conjunta e complexa (ação multifactorial), não permitindo distinguir na maior parte dos casos a causa da patologia.

A  hipertensão arterial costuma causar sintomas, como a dor de cabeça. FALSO

As pessoas devem apresentar um valor da pressão arterial relativamente constante. FALSO

A pressão arterial costuma variar a cada batimento cardíaco, de acordo com as atividades exercidas pelo indivíduo. A pressão arterial é normalmente maior em situações de stresse, excitação ou esforço físico. Durante o período do sono, costuma haver uma queda fisiológica da pressão arterial (cerca de 10 a 20% a menos  quando comparada com a pressão arterial média durante o dia).Os idosos apresentam uma grande variabilidade da pressão arterial, podendo num mesmo dia, apresentar valores discrepantes em curtos intervalos de tempo.

 │É normal que as pessoas idosas tenham uma pressão arterial mais elevada. VERDADEIRO

A pressão arterial máxima ou sistólica costuma aumentar com a idade, enquanto que a pressão arterial mínima ou diastólica, não aumenta  (ou até diminui), após os 50 anos. Por isso, em idosos, é comum haver apenas uma elevação da pressão arterial máxima (hipertensão arterial sistólica isolada).

Iniciar uma medicação anti-hipertensiva pode deixar o organismo de um paciente hipertenso dependente da mesma. VERDADEIRO

A grande maioria dos hipertensos que inicia uma medicação anti-hipertensiva acaba por ter que a usar de uma forma contínua e indefinida. No entanto, mudanças significativas dos hábitos de vida  poderão resultar numa normalização da pressão arterial. Nestes casos, a medicação anti-hipertensiva poderá não ser mais necessária, podendo ser suspensa sem acarretar prejuízos ao paciente. Contudo, essa suspensão só será feita em caso de aconselhamento médico, tendo em conta a evolução da patologia.

Uma vez controlada a pressão arterial, a medicação deve deixar de ser tomada. FALSO

A normalização da pressão arterial costuma ser fruto da ação de uma ou mais medicações anti-hipertensivas. Além disso, as mudanças dos hábitos de vida são fundamentais. Como a ação destes medicamentos é momentânea, a suspensão das mesmas elevará novamente a pressão arterial. Portanto, hipertensos que controlaram a sua pressão arterial após a introdução de medicamentos, não devem suspendê-los sem uma devida orientação médica.

│ “No dia da consulta, não devo tomar a medicação anti-hipertensiva, pois só assim o meu médico saberá  de facto  como está a minha pressão arterial”. FALSO

Nos hipertensos medicados, a medida da pressão arterial sob o uso corrente destas drogas trará informações importantes sobre como estão a atuar os medicamentos. Logo, as medicações não deverão ser suspensas no dia da consulta.

As medicações anti-hipertensivas afetam o desempenho sexual. FALSO

Hoje já dispomos de inúmeros medicamentos  efetivos e bem tolerados pelo organismo, os quais não apresentam influência sobre o desempenho  sexual do paciente hipertenso.

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