Reeducação Alimentar

Já foi estabelecida a relação importante entre o consumo de sódio (presente no sal de cozinha) com a hipertensão. No corpo humano, o sódio potencia a reabsorção de água assim como o aumento da sua ingestão. Consequentemente, o volume sanguíneo aumenta, o que provoca hipertensão. 

A dieta com baixo teor de sal é capaz de reduzir a pressão na maioria das pessoas. Assim, recomenda-se a pacientes hipertensos um consumo reduzido de sal.

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Porém, sabemos que o sal é encontrado naturalmente em quase todos os alimentos que ingerimos, mesmo que não seja adicionado durante a preparação ou à mesa e ainda que não tenha sabor salgado. Esta pequena quantidade de sal (aproximadamente 2 gramas) é importante para suprir as necessidades diárias do organismo. A quantidade máxima recomendada de sal é de 5 gramas diárias, o que equivale a menos de 3 colheres (rasas) de café. Considerando que os alimentos já possuem cerca de 2 gramas, o acréscimo de sal, como tempero, deverá ficar restrito a 4 gramas ou 2 colheres (rasas) de café, por dia. No entanto, é sabido que a população portuguesa apresenta um consumo excessivo de sal (cerca do dobro do recomendado), o que se reflete no facto de quase metade da população portuguesa ser hipertensa. Além de reduzir o consumo de sal, o hipertenso deve ter a noção de que existem certos alimentos que apresentam benefícios a nível cardiovascular, devendo ser implementados na sua dieta.

J4Emi2GNCZHMAMBQF52Nsga-hHHvt gZbjikikx3DLs    Assim, um consumo reduzido de sal, acompanhado pela ingestão de alimentos adequados e a prática de exercício físico são essenciais para um estilo de vida mais saudável de um hipertenso. 
  1. A Dieta Dash pode ser uma alternativa na alimentação do paciente hipertenso. A dieta Dash é rica em frutas, vegetais, e produtos com baixo conteúdo de gordura total e saturada.
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Segundo um estudo com o mesmo nome, esta dieta pode baixar significativamente a pressão sanguínea. Com a finalidade de testar os efeitos da alimentação nos valores da tensão arterial, foi realizado um estudo científico com o nome de DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension). Em português, esta sigla significa “abordagem dietética para deter a hipertensão arterial”, e a dieta está orientada no sentido de fornecer um conjunto de alimentos saudáveis e que consigam melhorar a hipertensão arterial, através dessa intervenção nutricional.

8nVDgJOqZPVC9hTtjmgmEspvzDZ2TsHNjNokgU7OmwU    A dieta Dash revelou ser um tratamento simples, barato e altamente eficaz para combater a hipertensão arterial. Esta dieta apresenta também a grande vantagem de não requerer grandes modificações nos hábitos dos pacientes, contribuindo para um estilo de vida saudável. 

Basicamente, a dieta Dash recomenda:

  • Elevada ingestão de fruta e legumes: pelo menos 3 peças de fruta diariamente e 4 doses de vegetais (na forma de sopa e/ou como acompanhamento no prato);
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  • Baixo consumo de gorduras saturadas (e gorduras em geral) e colesterol: isto significa um consumo preferencial de peixe e aves sem pele, consumo moderado de partes magras de carne bovina e suína; leite e derivados (queijo e iogurtes) magros ou meio gordos; sem esquecer toda a gama de produtos industrializados (bolos, bolachas, aperitivos, refeições preparadas, etc.), alimentos fritos e óleos em natureza, que contêm grandes quantidades de gorduras.


Este regime garante uma ingestão elevada de fibras, cálcio, potássio e magnésio, e é moderada em proteínas, o que, como tem sido demonstrado em vários estudos, provoca diminuições da pressão arterial sistólica e diastólica.

Dicas essencias para melhorar a sua saúde:

  • Prefira sempre alimentos naturais aos industrializados (evite a “comida pronta”);
  • Retire o sal da mesa;
  • consumo reduzido de sal é recomendável para toda família, inclusive para crianças;
  • Tempere os vegetais e as carnes com sumos de frutas (limão, laranja e abacaxi);
  • Use e abuse de ervas aromáticas e especiarias naturais (alho, cebola, salsa, manjericão, louro, orégãos, coentros, alecrim, erva-doce, açafrão, hortelã, etc.);
  • Evite salgadinhos (batata frita, castanha de caju, nozes e amêndoas salgadas, pipoca, biscoito salgados e etc.; mas atenção, os frutos secos aqui mencionados são benéficos a nível cardiovascular quando não combinados com sal, graças à gordura de origem vegetal que neles existe);
  • Verifique o rótulo dos alimentos industrializados e observe a presença e quantidade de sódio;
  • Opte por alimentos ricos em potássio e pobres em sódio como o feijão, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, cenoura, beterraba, tomate, banana, melão, laranja e frutas secas;
  • Evite alimentos enlatados e todos os que contenham conservantes porque, em geral, são ricos em sódio;
  • Evite os “fast-food”- Um hambúrguer com batata frita e Milk shake contém em média 2,5g de sal – quase metade do que é recomendado por dia.
  • Aumentar o consumo de ácidos gordos ómega 3 (presentes em especial nos peixes gordos, mas também nas sementes de linho), pode também ter efeitos benéficos sobre a regularização da tensão arterial.

Cada vez está mais claro que fatores ambientais, que incluem a dieta, podem influenciar de forma positiva o desenvolvimento de certas doenças como a aterosclerose e hipertensão arterial, da mesma forma que estilos de vida nocivos (tabaco, bebidas alcoólicas, inatividade física) podem influenciar negativamente a evolução destas doenças.

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